sábado, 20 de julho de 2013

Lendas e Motores - Lancia Delta S4


Lancia Delta S4



Aqui apresentamos umas das máquinas mais assustadoras da historia dos rallies... O Lancia Delta S4 nunca teve os titulos na sua alçada mas sem duvida alguma que foi uma das maquinas mais temidas pela sua potencia, velocidade e tenacidade dos seus pilotos oficiais... Alguns dos quais com  certeza merecem homenagem aqui no "Lendas e Motores".





História


A Lancia decide substituir o seu fantástico e vitorioso 037 (conhecido na versão de rua como Lancia Beta Monte-Carlo), por aquele que viria a ser o mais potente de todos os Lancias: o Delta S4. Foi necessária a construção e homologação de duzentas unidades de estrada, para que este veículo de 800kg pudesse competir no então vanguardista Grupo B, onde practicamente não existiam quaisquer limitações e/ou restrições.

Características


Com um bloco de 1.8 c.c., dupla àrvore de cames à cabeça e 16 válvulas, a Abarth dotou-o de um turbo de alta pressão e de um compressor volumétrico, para minimizar os efeitos de 'lag' do turbo a rotações mais baixas, contribuindo assim, para uma constante e elevada potência, cujos registos foram desde os 'humildes' 420/50 cv nas primeiras unidades, até uns descomunais 612 cv de potência, quando este atingia já o seu mais elevado desenvolvimento, em 1986. Este automóvel, e à semelhança dos seus adversários mais directos, era já construido em materiais ditos nobres, como o alumínio, titânio, fibra de vidro e de carbono. O seu inconfundível aspecto revelava perfeitamente a sua arquitectura onde o motor de colocação transversal e central-traseira, se aliava a um eficaz sistema de tracção integral.

Competições


Vários foram os pilotos que o levaram ao topo, mas foi nas mãos de Henri Toivonen onde, pela primeira vez, homem e máquina se tornavam de uma forma homogênia, num só. Foi em 1986, na S.S.-18, no Rali da Córsega, que um fatídico acidente atirou por terra todas as esperanças de o mundo ver uma nova evolução deste magnífico exemplar, bem como tirou a vida ao heróico Toivonen e ao seu co-piloto Sergio Cresto. Tal desastre e após uma curta ponderação por parte da "Fédération Internationale du Sport Automobile - FISA", então entidade moderadora e representativa do desporto automóvel, surgiu o consenso de retirar os grupo B do activo, pois a capacidade desta série, provou demasiado, resultando numa série de acidentes fatais, quer para o público, bem como para alguns pilotos que, à semelhança de Toivonen, perderam suas vidas ou ficaram gravemente feridos. O Delta S4, é hoje uma peça de colecção extremamente valiosa, sejam ela as variantes Stradale, ou o quase inalcançável Rally, já pronto a competir.


Henry Toivonen em 86 fez uma volta ao autódromo do estoril que lhe dava o 6 tempo no GP desse ano.




1 comentário:

  1. Espectáculo. Só lume por aquele escape. Gosto da parte em que só vai quase meio carro, a parte traseira quase já nem existe ehehehe. Grande Máquina

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