O Williams FW11 era um carro de Fórmula 1 desenhado por Patrick Head e Frank Dernie como um concorrente sério para o McLaren MP4/2. O carro foi uma melhoria do FW10 que actuou na temporada de 1985, carro que ganhou as últimas três corridas da temporada. Característica mais notável do FW11 foi o motor V6 turbo Honda de 1.5 litros, um dos mais poderosos na F1, produzindo 800 cv às 12,000rpm e bem mais de 1000 cv na qualificação. Soma-se à potência do motor a aerodinâmica, que estava à frente do MP4/2 e do Lotus 97T. Isso e o excelente emparelhamento de Nelson Piquet e Nigel Mansell tornou o FW11 uma força a ter em conta. O carro era um produto instantaneamente reconhecível era do turbo da F1.
Em 1986, o carro ganhou pela primeira vez no Brasil com Piquet, tendo Mansell acumulado quatro vitórias, sendo mesmo um sério concorrente ao título de pilotos de esse ano. A Williams foi abalada pelo acidente rodoviário quase fatal de Frank Williams, que desmoralizou a equipa. Frank Willimans sobreviveu ao acidente, mas ficou tetraplégico, tendo reaparecido na cena da Formula 1 no Grande Prémio da Inglaterra de 1986. Patrick Head intensificou e gerenciou a equipa até que Frank Williams voltou no final da temporada. Isso pode ter causado o enfraquecimento da equipa, e os pontos perdidos ajudaram Alain Prost a conquistar o seu segundo campeonato mundial. Isso e golpe espectacular de Mansell na última corrida, na Austrália, onde tudo o que ele tinha a fazer era terminar em terceiro para conquistar o título. Os pontos acumulados entre Piquet e Mansell eram suficientes para Williams para levar o campeonato de construtores, no entanto.
Consta-se que, tanto Nelson Piquet e a Honda, deixaram a Austrália em conflito com a gestão Williams. Ambos acreditavam que o Campeão do Mundo de 1981 e 1983 tinha assinado por Frank Williams como o indiscutível número um e que a equipa não tinha honrado o seu contrato, com comentários de Frank Williams, quando ele anunciou a assinatura de Piquet que ele tinha acabado de assinar "o melhor piloto do mundo" aparente para apoiar o seu ponto de vista. Tanto Piquet como a Honda acreditavam que a Williams deu preferência a Mansell, um piloto Britânico tal com a equipa Williams.
O FW11 foi atualizado ligeiramente para 1987 para se tornar o FW11B, e a equipa não cometeu erros para conquistar ambos os campeonatos. A Honda agora fornecendo a Lotus com o mesmo motor fornecido para Williams (embora Lotus usa-se o motor de 1986 RA166-E ao invés do motor RA167-E 1987 usado pela Williams), que ajudou o desafio Ayrton Senna de forma consistente, mas a superioridade do FW11, e Piquet que terminou nos pontos em todas as corridas excepto San Marino (onde ele teve um terrível acidente na Tamburello durante os treinos de sexta-feira), Bélgica e Austrália, e foi campeão. Quanto Mansell, ele marcou seis vitórias, incluindo uma memorável no Grande Prémio da Inglaterra, em Silverstone, passando Piquet para a liderança com apenas 3 voltas para o fim. Ele marcou mais vitórias que Piquet, mas também tinha a parte do leão de má sorte e falta de confiabilidade. O Tricampeonato de Piquet foi assegurado após Mansell ter um grande acidente durante os treinos para o GP do Japão.
A equipa, especificamente através de Piquet, testou e desenvolveu a sua própria suspensão reativa pela primeira vez com o FW11B e depois de muitos testes Piquet achou a nova suspensão superior à suspensão convencional do FW11B. A nova suspensão foi um sistema de suspensão ativa, mas foi renomeado devido à equipa Lotus ter os direitos sobre o nome "ativo" para o sistema. A suspensão Williams também foi mais leve, menos complicada e atraiu muito menos potência do motor Honda do que o exemplo Lotus. Em um teste de simulação de corrida no circuito de Imola, dirigindo um FW11B de suspensão reativa, Piquet completou 59 voltas cerca de 3 minutos mais rápido do que Mansell tinha feito para vencer o Grande Prémio no circuito no início do ano, no entanto, observou-se que ele também o era único carro no circuito para a simulação e, portanto, não foi retardado por ter outros carros. Ainda assim, a sua confiança na nova suspensão era absoluta e ele usou-a pela primeira vez na competição no Grande Prémio de Itália, em Monza, onde se mostrou muito mais rápido do que o FW11B de suspensão passiva, permitindo que ele usasse menos asa e regista-se a maior velocidade de 1987, cifrada em 352,135 kmh, cerca de 8 km/h mais rápido do que Mansell no carro de suspensão convencional (Piquet iria começar a partir da pole e venceu a corrida à frente do Lotus de Ayrton Senna, com Mansell incapaz para manter o ritmo em terceiro). Demorou até a próxima corrida em Portugal antes de Mansell tentar o carro reativo durante um fim de semana, embora ele só tenha corrido durante o Grande Prémio de Espanha, em Jerez. Havia também planos, em 1987, para a introdução de uma transmissão semi-automática, mas isso nunca aconteceu.
O FW11 não era um showcase técnico, mas sim uma peça de engenharia sólida, poder sincero e economia de combustível superior (ainda melhor do que os motores TAG-Porsche usados pela McLaren), e Piquet e Mansell ajudaram o carro a ter 18 vitórias, 16 poles e 278 pontos ao longo de duas temporadas de corridas.
O FW11B foi o último Williams a correr com um motor Honda, a empresa japonesa anunciou durante a temporada que eles estavam se movendo para a McLaren a partir de 1988. Acreditava-se que havia duas razões principais para isso, a Honda estava descontente com a gestão da Williams, por supostamente não honrar o estatuto número um do "seu" piloto Nelson Piquet. Honda (e Piquet) acreditavam que a Williams deveria ter ordenado Nigel Mansell a ajudar Piquet durante as corridas, e que sua incapacidade de fazê-lo custou a Piquet o Campeonato de Pilotos de 1986, e quase lhe custou o campeonato de 1987. Mansell ficaria com a Williams para 1988, e Piquet havia anunciado durante os treinos para o Grande Prémio da Hungria de que ele estaria se movendo para a Lotus em 1988, como indiscutível número um, ficando assim também com a Honda. A segunda razão por que a Honda deixou a Williams um ano antes de o contrato terminar foi a recusa da equipa de despedir Nigel Mansell e substituí-lo por Satoru Nakajima em 1986 (Nakajima fez sua estreia na F1 com a Lotus em 1987). O Dono da equipa, Frank Williams, sempre mais interessado no Campeonato de Construtores, preferiu manter o Mansell experiente, não apenas por ele ser um vencedor comprovado, como também ser um provável marcador de pontos valiosos para a equipa. A Williams provou estar correta na decisão sobre Nakajima, que correria cinco temporadas completas na Fórmula 1 com a Lotus (1987-1989) e Tyrrell (1990-1991) e só marcou um total de 16 pontos em 74 partidas, com o melhor resultado a serem dois quartos lugares.
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