Nome para alguns desconhecido... mas recordado com saudade por quem o conhece e reconhece que para o seu tempo, o exuberante Finlandês era um prodígio dos Rallys, com potencial mais que suficiente até para vingar na Formula 1... Henri estava para os Rallys como Senna para a Formula 1... Para ambos tudo acabou demasiado cedo, mas para sempre será recordado e associado ao grande Lancia s4...
Henri Toivonen (25 de agosto de 1956 — 2 de maio de 1986) foi um piloto de rali nascido em Jyväskylä, na Finlândia.
O seu pai, Pauli Toivonen foi Campeão Europeu de Ralis 1968 tendo ganho provas como o Monte-Carlo, 1000 Lagos ou Acrópole. Henri Toivonen aprendeu a conduzir aos 5 anos e apesar das suas ligações aos ralis, iniciou a carreira nos karts. Conseguiu alguns títulos mas a sua paixão eram os ralis e por isso dedicou-se a eles a tempo inteiro mais tarde. O seu kart foi vendido aos pais de um rapaz de 6 anos chamado Mika Häkkinen, que curisosamente se viria a sagrar Campeão Mundial de F1 por duas vezes.
Toivonen estreou-se no WRC com 19 anos, na prova do seu país onde viria a desistir ao volante de um Simca Rallye 2, tendo a seu lado Antero Lindquist. Ele era um dos mais espectaculares pilotos de todo o mundo e deu um passo em frente na sua carreira quando entrou para a Talbot, mas à experiência.
O seu problema era o estilo de condução demasiado exuberante que fazia com que os muitos acidentes não deixassem aparecer os resultados representativos do seu ritmo em prova e que fizeram com que trocasse de navegador por várias vezes. Numa altura em que ninguém esperava um Toivonen capaz de ganhar o RAC, eis que o rapaz de apenas 24 anos e 86 dias vence o rali com 4 minutos de avanço sobre Hannu Mikkola. Toivonen tornava-se assim o mais jovem piloto de sempre a vencer um rali do WRC, um recorde que só viria a ser batido em 2008 por Jari-Matti Latvala. Em 1982 Toivonen entra na equipa da Opel fazendo equipa com Ari Vatanen, Walter Rohrl e Jimmy Mcrae mas tem dificuldades em adaptar-se ao Ascona 400. No ano seguinte passa a guiar o Manta 400 com mais sucesso mas com algumas desistências. Nesse mesmo ano faz o Rali San Marino ao volante de um Ferrari 308 GTB e ainda algumas provas de circuito.
Em 1984 esteve para ir para a Peugeot-Talbot mas acabou por ficar na Porsche no Campeonato Europeu de Ralis com a assistência da Prodrive, uma nova preparadora de David Richards. Nesse mesmo ano guiou um 037 pela Lancia em 3 ralis do WRC.
Em 1985 com a Lancia, começa a temporada com um violento acidente no Rali Costa Esmeralda a contar para o europeu. Nesse mesmo ano Henri e Markku Alén perdem o seu companheiro de equipa Attilio Bettega no Tour Course. Depois de recuperar do acidente de inicio de temporada, Toivonen regressou com bons resultados mesmo que o 037 não favorecesse o seu estilo de condução e tivesse muito menos potência que o Peugeot ou o Audi. Ainda nessa temporada, no último rali, o RAC, é estreado o Lancia S4 com o qual Henri Toivonen ganha a prova com Alén a secunda-lo com o mesmo carro.
A temporada de 1986 começa com uma vitória expressiva de Toivonen no Rali de Monte-Carlo. O seu pai havia ganho aquela prova 20 anos antes, agora Henri estreava um novo navegador, Sergio Cresto. No Rali da Suécia desiste e no Rali de Portugal abandona a prova em prostesto pelas condições da prova, depois do acidente de Joaquim Santos que causou vitimas mortais. Em Portugal Henri aproveita para testar o S4 e numa volta ao Circuito do Estoril consegue uma marca que lhe permitiria obter um 6º lugar na grelha de partida do GP de Portugal em F1 desse ano.
Henri Toivonen estava claramente lançado para um título mundial, quem o poderia parar? No Tour de Corse Henri estava doente com gripe mas insistiu em guiar, depois de não pontuar nos dois últimos ralis. Ele estava exausto e tomava um medicamento para a dor de garganta, era dificil manter o S4 em estrada, era demasiada potência para um rali como o Tour de Course. Mesmo assim ele já liderava a prova com alguma vantagem mas no 18º troço não evitou uma saída de estrada numa curva sem protecção. O Lancia caiu numa ravina e embateu numa árvore que causou uma explosão da qual Henri e Sergio não conseguiram escapar. Poucas horas depois Jean-Marie Balestre e a FISA decidiram banir os Grupo B para a temporada seguinte. Mais tarde ficou provado que os Grupo B eram mais rápidos que os reflexos dos pilotos. Henri Toivonen é um dos pilotos de ralis mais conhecidos de sempre, para alguns é mesmo o melhor de sempre. É talvez a vitima mais visivel do Grupo B, que tinha tanto de espectacular como de perigoso...!
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